Primeiro de Abril 2025
Dia da Mentira… em extinção!
Acredito que o Dia da Mentira não faz mais sentido, todo dia é dia da mentira. Talvez um Dia da Verdade fosse mais interessante, o problema é que ninguém mais acredita na verdade.
Talvez se criássemos um jogo, monitorado por uma inteligência artificial isenta, que gerasse dividendos para a verdade e prejuízos para a mentira. Com isso inverteríamos a lógica do jogo atual onde a indústria do ESG ganha com licenças para degradar, as Big Techs usando os usuários, os Políticos infringindo políticas, a Imprensa matando o jornalismo, os Laboratórios criando doenças, as Escolas fingindo que ensinam, a Religião desligando a espiritualidade, as Petroleiras desenergizando a sobrevivência, o Agronegócio insustentável florescendo, a insegurança Alimentar subsidiada e muitos outros jogadores fazendo pontos com a mentira. Seria uma virada de jogo fazer pontos com a verdade. Quem se habilita?
Quero recomendar um texto maravilhoso. Um texto muito bom mesmo! Um texto que escrevi no primeiro de abril de 2024 chamado “Dia da Pós-Verdade”, estava inspiradíssimo. A começar pela imagem que acompanha o texto: a capa do jornal “O Globo” do último dia da Rio+20. Foi o maior evento da ONU realizado até então. Realizados em 10 locais nobres espalhados pela cidade. Estima-se que foram realizados mais de 500 eventos paralelos. Simplesmente um evento da maior importância mundial que geraram , entre tantas coisas, as negociações para o Acordo de Paris. O Rio de Janeiro foi ocupado por dezenas de milhares de pessoas, chefes de estado, imprensa internacional, cientistas, ativistas do mundo todo… tudo ficou diferente, para os Cariocas, naqueles 10 dias. E o mais importante jornal local resolveu que a capa merecia destacar o impeachment do presidente do Paraguai ao invés do principal evento mundial que estava acontecendo no BRASIL, no RIO de JANEIRO! No dia seguinte (sábado) a capa voltou a falar do Paraguai e no domingo a manchete era “Torturador rompe silêncio de 41 anos sobre Casa da Morte”. Oi???? Bem simbólico! Escrevi também sobre 8 itens de como se proteger das manipulações. Talvez eu acrescentaria um nono item relativo ao uso de desuso da inteligência artificial nesse contexto. Dei 7 exemplos que podem ser amplamente pesquisados. Hoje pensei em mais alguns, mas ficará para um próximo texto. E por fim, menciono três casos emblemáticos da mídia camuflando a verdade: esse da Rio+20, um da COPA 2014 e o maravilhoso Pangea Day que a maioria dos brasileiros não ficou sabendo graças a — sei lá o que — da mídia brasileira. Leia ou releia esse texto imperdível! Verdade!
O que mantem a existência de empresas que comprovadamente fazem mal ao público? Provavelmente… nós! Mais um escândalo escancara as intenções malignas do dono do Facebook (ardilosamente renomeado para Meta), como se já não bastassem as tantas outras que já emergiram. A Cambridge Analytica em 2018 seria suficiente para a total aniquilação dessa fábrica de manipulação, a delação da Frances Haugen em 2021 seria suficiente para mais ninguém usar os serviços macabros dessa organização. As declarações do próprio Marc Zuckerberg depois que os EUA mudaram seu regime político, denunciam sua essência perversa. Agora a Sarah Wynn-Williams lança mais um desafio para o público exercitar a dissonância cognitiva e continuar permitindo que Facebook atinja sua META sem que isso pareça um atentado contra a humanidade, contra o que deveria nos fazer humanos. O livro “Careless People” e as dezenas de entrevistas que já deu para veículos de peso, como o 60 Minutes, está infernizando a vida dos dirigentes dessa instituição, comprovadamente, mal-intencionada. O que mais chama a atenção é que seria apenas mais uma denunciante (whistleblower) como vários já o foram: Frances Haugen, Siva Vaidhyanathan, Jeff Horwitz, Brittany Kaiser, Christopher Wylie, Sheera Frenkel, Cecilia Kang e outros. O que está fazendo a Sarah Wynn-Williams tão famosa é a desastrada tentativa de censurar seu livro, com isso virou imediatamente um best seller. Talvez os nomes que mencionei acima não são conhecidos pela maioria do público, uma pena porque são histórias incríveis. Comecei a ler o livro da Sarah e achei horrível a forma como ela se posiciona e a linguagem utilizada. No primeiro capitulo ela descreve um ataque de um tubarão que sofreu no litoral da Nova Zelandia quando era apenas uma criança. A descrição é absurda e condena, sem dó, seu pai, sua mãe e os médicos que a salvaram. Depois desse debut, não há mais como avançar no livro sem dar um desconto de 80% do que diz. Não sei se é o jeito dela de criar esse tipo de narrativa, ou de algum personal ghost writer, ou até mesmo da editora, acreditando que esse tipo de sensacionalismo venderia mais livros (e talvez estejam certos). Quero terminar de ler o livro, por pura teimosia. Depois de finalizá-lo vou ler as diversas críticas para sentir a temperatura do está por vir.
Como você está?
Difícil responder, né?
E se perguntarmos: como está o Brasil?
Qual é a imagem do Brasil hoje no mundo?
O que especialistas em Brasil e as lideranças do país pensam sobre o momento, os desafios, as oportunidades e a relevância do Brasil em relação ao mundo?
Quais mudanças precisam ser feitas para atualizar a imagem do Brasil, para que ela esteja a favor do presente e do futuro de seu povo?
Quais mudanças precisam ser feitas para atualizar a imagem do Brasil, para que ela favoreça uma maior conexão e atratividade do país perante o mundo?
Quais são as percepções, sentimentos e desejos dos brasileiros em relação à imagem do país?
Não seria maravilhoso conseguir responder essas perguntas? Agora é possível ver as respostas sobre essas percepções. Saiu o mais completo estudo sobre “O Brasil que o Brasil quer Ser”. Se você ainda não teve o privilégio de mergulhar nesse trabalho que entrevistou 90 lideranças e mais de 3.000 brasileiros para entender o momento atual e as perspectivas de futuro do Brasil, ao terminar de ler esse texto acesse o site e baixe o pdf. Sem qualquer spoiler, recomendo ler o original ao invés das resumidas análises, provavelmente, carregando os vieses de seus autores.
obrasilqueobrasilquerser.com.br
Vou finalizar o Dia da Mentira, quase em extinção, com o parágrafo que escrevi e repeti nos últimos textos:
“Acreditamos no que pensamos saber, acreditamos no que sabemos que não sabemos, acreditamos no que se convencionou acreditar, acreditamos, sem o menor constrangimento, no inacreditável.”